segunda-feira, 6 de agosto de 2007

FUNCIONÁRIOS DA UFBA MANTÊM GREVE

Por Kleyzer Seixas, do A Tarde On Line

Disponível em: http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=776801
Acesso 6/8/2007 21:45

Bibliotecas fechadas, laboratórios desativados, processos de transferências de disciplinas suspensos, impossibilidade de trancamento de matérias, formaturas de concluintes atrasadas são alguns dos problemas enfrentados por quem freqüenta a universidade. Os calouros nem tiveram a oportunidade de realizar a matrícula porque não havia funcionários trabalhando.

Uma das unidades mais atingida foi o Instituto de Física, localizado no Pavilhão de Aulas da Federação (PAF). Os trabalhos foram suspensos porque a greve dos servidores compromete bastante a continuidade das atividades. Segundo o professor e coordenador do colegiado, Paulo Miranda, os dez laboratórios do local, imprescindíveis para disciplinas práticas, estão todos parados.

Não há previsão de quando as aulas serão retomadas no instituto. A Congregação da unidade aguarda a rodada de negociações entre os grevistas e o governo federal. Enquanto isso, estudantes como Murilo Garcia, 19, continuarão se deparando com salas vazias. Aluno do curso de matemática, ele não conseguiu assistir aulas de Física Geral e Experimental na manhã desta segunda. “Quando cheguei lá, me avisaram sobre a suspensão das aulas”, lamenta.

O coordenador do colegiado argumenta que o Instituto de Física não pode funcionar sem o trabalho dos servidores. “O movimento causa um grande impacto no cotidiano do corpo docente e discente. Os funcionários existem por uma questão objetiva: precisamos deles. Sem os servidores, pontos importantes do dia-a-dia não são resolvidos”, explica Miranda.

Embora a situação seja mais complicada no Instituto de Física, alunos de outras unidades também enfrentam problemas. Nos institutos de letras, matemática, biologia, farmácia e nas escolas politécnica e de arquitetura, muitos alunos reclamam da dificuldade para imprimir o comprovante de matrícula, documento necessário para renovar o Salvador Card e obter carteiras de estudante que dão acesso a teatros e cinemas pagando meia-entrada.

O trabalho vem sendo feito na base do improviso por voluntários, como o estudante Rafael Nunes. Pela primeira vez na função, Rafael ainda não tem muita habilidade com o trabalho e demora para atender os seus colegas. Não obstante, ainda é obrigado a ouvir reclamações. “O ritmo de trabalho é muito pesado. Ainda mais para mim, que não tenho experiência”, afirmou.

Na escola de enfermagem também há problemas. Os dois laboratórios – um de para aulas práticas do curso e outro de informática - estão parados, afirma a servidora pública Ângela Maria dos Santos, na função há mais de 12 anos. Ela deixou seu posto na unidade desde o início da greve e participou da assembléia da categoria realizada nesta segunda-feira, na Escola de Arquitetura, no bairro da Federação.

Cerca de trezentas pessoas estiveram presentes, segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores Técnico Administrativos da Ufba (Assufba). A categoria decidiu pela continuidade do movimento. Nesta terça-feira, os servidores pretendem ir às unidades para tentar convencer os funcionários que não aderiram à paralisação, iniciada há mais de 70 dias.

Biblioteca

Dentre os principais prejuízos causados pela greve dos servidores, o fechamento da biblioteca é o campeão de reclamações. A maioria dos estudantes entrevistados pela reportagem está descontente por não ter acesso aos livros da universidade. Até quem estuda em unidades onde há bibliotecas próprias, a exemplo das escolas de nutrição e Politécnica, reclamam do fechamento da biblioteca central.

Aluno do curso de engenharia elétrica, Márcio Garcia, 19, tem aceso livre à biblioteca do seu prédio, que funciona normalmente mesmo com a paralisação. Embora tenha diversos títulos, o local não possui muitos exemplares, argumenta o jovem. “Tem todos os livros, mas a quantidade é pequena. Alguns livros são essências e somos obrigados a ficar na espera”, relata.

Três estudantes da escola de nutrição, localizada, no Canela, também reclamaram do acesso aos livros na biblioteca do prédio de onde estudam. Aberta somente às segundas, quartas e sextas-feiras, a unidade empresta os volumes apenas para que sejam feitas cópias dentro da própria universidade. Os originais não podem ser emprestados.

Para os alunos, a situação pode piorar nos próximos dias caso os servidores continuem sem trabalhar. “A primeira semana é sempre mais devagar, mas pode ficar mais complicado daqui para frente, quando começarem os trabalhos e as provas”, destaca Jeisany Brandão, 25.

Devido à falta de atendentes para emprestar livros, o professor do estudante Cléber de Araújo Andrade, sugeriu que seu aluno procurasse o volume de Cálculo D em algum sebo da cidade. “Não posso pegar na biblioteca e também não posso comprar porque, a depender do autor, a compra pode chegar a R$ 80,00. Não posso pagar esse preço por um livro que vou usar por um semestre apenas. O ideal é pegar emprestado, estudar, fazer as anotações necessárias e devolver”, diz.

BIBLIOGRAFIA ARTE SACRA CRISTÃ – 2007-2

ARGOLO, José Dirson. Linhas gerais para descrição de uma escultura. Salvador: EBA/UFBA. 1997. (Digitado, com alterações de José Cláudio Alves de Oliveira).

CARVALHO, Vânia Bezerra de. Tópicos de imaginária brasileira. Salvador: EBA/UFBA, 1997. (Digitado, com alterações de José Cláudio Alves de Oliveira).

DONDIS. La sintaxis de la imagen: introducción al alfabeto visual. 10 ed. Barcelona: Gustavo Gilli, 2005. 252 p.

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ETZEL, Eduardo. Arte sacra popular brasileira: conceito, exemplo, evolução. São Paulo: EDUSP/Melhoramentos, 197?. 173 p. Il.

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PANOFSKY, Erwin. “Iconografia e iconologia: uma introdução ao estudo da arte da renascença”. In: O significado nas artes visuais. São Paulo: Perspectiva, 1976. P. 47-63. (Debates)

PASTRO, Cláudio. Arte Sacra: o espaço sagrado hoje. São Paulo: Edições Loyola, 1993. 340 p. il.

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SCARANO, Julita. Fé e milagre: ex-votos pintados em madeira: séculos XVIII e XIX. São Paulo


José Cláudio Alves de Oliveira, 6/8/2007

ROTEIRO ARTE SACRA 2007-2


UFBA/FFCH/MUSEOLOGIA/2006-2 Arte Sacra Cristã/Profº Cláudio Oliveira.

Estudo da arte sacra cristã, na análise da imaginária, da obra de talha, da ourivesaria e da arte cemiterial, recobrando os seus aspectos estéticos, históricos e iconográficos a partir do período considerado Paleocristão, desenvolveremos três unidades com aulas teórico-práticas na primeira, técnicas na segunda e prática na terceira, contando com três avaliações, todas com peso 10,0 (dez), sendo uma prova escritas (1a ), voltada para a identificação de um objeto da imaginária e um questionamento teórico no campo da iconologia; a 2ª um artigo informativo, dentro das normas da ABNT, com temática preestabelecidas; e a 3a com a criação, em grupo, de uma ficha de identificação apresentando um objeto da ourivesaria de algum acervo de Salvador.

Agosto
06 – Apresentação do programa, planejamento e conceituação.
08 – Imaginária. Iconografia e iconologia. Texto básico, PANOFSKY.
10 – Diferenciações da metodologia de estudos da imagem sacra
13 – As imagens sacras no Brasil. História
15 – Tipologias e regionalismos
17 – Iconografia do século XVI
20 – Id. XVII
22 – Ibid.
24 – Iconografia do século XVIII
27 – Id.
29 – Iconografia do século XIX
Obs.: Dia 31 não haverá aula. O Professor estará no XXX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, INTERCOM, em Santos, 29 de agosto a 2 de setembro, apresentando artigo e comunicação.

Setembro
03 – Id.
05 – Recapitulação
10 – Avaliação 1. Prova escrita no MAS.
12 – Comentário da prova. Início da 2ª unidade
14 – Santuário – Aula no santuário de São Lázaro.
17 – Id.
24 - Arte dos ex-votos – aula no santuário de São Lázaro.
26 – Id. Aula na igreja da Ajuda.
28 – Arte Cemiterial. Aula no Campo Santo
Dias 19 e 21 não haverá aula. O Professor estará no XIII Congresso Brasileiro de Folclore, em Fortaleza, 18 a 22, apresentando artigo e comunicação.

Outubro
03 – Arte Cemiterial. Aula no Campo Santo.
05 – Retábulo. Conceito. História. O retábulo no Brasil
06 – Id. Séculos XVII e XVIII.
10 – Ibid. Século XIX
17 – Pintura – tipos e aspectos para a identificação e percepção visual. (DONDIS)
19 – Id. E identificação.
20 – Ibid. Sorteio dos temas
24 – Recapitulação, sorteio dos temas e ABNT de artigo.
26 – Orientações de conteúdo e ABNT.
27 – Orientações

Novembro.
05– Avaliação 2 – trabalhos escritos, normalizados, em formato artigo. Poderão ser entregues, impressos ou em CD até o horário da aula, ou até as 22H deste dia via Internet, em formato Word. Todos dentro das normas da ABNT previstas em aulas.
09 – Ourivesaria e Prataria. Conceitos, nomenclatura e utilidades
14 – Identificação.
16 – Identificação e análise da gramática decorativa.
19 – Id.
21 – Ib.
23 – Recapitulação
26 – Orientação para o trabalho em grupo.
28 – Id.
Nos dias 5 a 7 haverá o Seminário de Museologia e Museus de Salvador. Os alunos estarão dispensados para participar do evento.


Dezembro
03 – Avaliação 3. Identificação de objeto da ourivesaria. Trabalho em grupo, com criação de uma ficha de identificação. Poderá ser entregue impressa ou em CD ou via Internet aos moldes da segunda avaliação, mudando apenas o formato do trabalho.
05 – Resultados gerais.
12 - Prova final.